João Paulo não foi respeitado" 23/11/09  

João Paulo não foi respeitado"
Oscar Barreto, novo presidente do PT no Recife, ataca o governo e diz que o ex-prefeito não poderia ter sido tratado como mais um secretário
Andrea Pinheiro // andreapinheiro@dabr.com.br

Eleito presidente do PT no Recife, Oscar Barreto, do Campo de Esquerda Unificado (CEU), saiu em defesa do ex-secretário de Articulação Regional e ex-prefeito do Recife, João Paulo, e criticou o o tratamento conferido pelo governo de Eduardo Campos (PSB) ao aliado. Oscar, homem de confiança de João Paulo, disse que os socialistas não reconheceram a dimensão política do petista e apontou esta como a principal razão para o pedido de exoneração de João Paulo da administração, anunciado na última sexta-feira.


João Paulo preferiu o silêncio. Ao votar, afirmou apenas que "entrar e sair do governo é uma coisa natural". Foto: Juliana Leitão/DP/D.A Press
"Ele não é mais um secretário. Ele foi prefeito do Recife por oito anos, abriu o caminho para as vitórias do presidente Lula e do governador no estado. Eduardo Campos tinha a noção exata da dimensão política de João Paulo quando o convidou para o governo. Não há como compará-lo aos demais secretários, como Fernando Bezerra Coelho, que foi apenas prefeito de Petrolina", atacou. Oscar acrescentou que, nos últimos dias, houve uma movimentação para tentar diminuir a importância de João Paulo no cenário político local. Citou como exemplo disso recentes declarações sobre as eleições de 2010 do presidente estadual do PSB, Milton Coelho, e de Bezerra Coelho. "O que foi mostrado é que ele não foi respeitado", frisou.

Enquanto Oscar decidiu falar, João Paulo mergulhou no silêncio. Durante toda a manhã, o ex-secretário cumpriu uma agenda relacionada às eleições internas do PT. Votou às 11h30, em Santo Amaro, e seguiu em caravana para os locais de votação do prefeito do Recife, João da Costa, e dos candidatos do CEU às presidências estadual e municipal, Fernando Ferro e Oscar Barreto, respectivamente. Sempre que abordado sobre o assunto, demonstrou tranquilidade, mas recusou-se a comentar seu desligamento da gestão estadual. Só afirmou que "entrar e sair de governo é uma coisa natural". À noite, ele não acompanhou a totalização dos votos do diretório municipal na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações (Sinttel), onde estavam João da Costa, Ferro, Oscar e outrospetistas. Preferiu descansar em casa.



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